Andressa Urach participou, no último fim de semana, de uma gravação em São Paulo que colocou sua trajetória religiosa no centro de um debate com 25 cristãos. O encontro integrou a produção de um episódio do canal RedCas, que será disponibilizado no dia 13 de novembro e reuniu perguntas diretas sobre fé, passado e escolhas pessoais.
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Durante o encontro, Andressa afirmou que a dinâmica reacendeu lembranças de períodos anteriores de sua vida espiritual. “Durante a gravação eu revivi muitas coisas que pensei que já estavam resolvidas dentro de mim, porque algumas perguntas e atitudes me transportaram diretamente para a época em que eu era convertida e vivia sob constantes cobranças sobre comportamento, aparência e escolhas pessoais, e foi impossível não lembrar da sensação de estar sempre tentando me adequar para não ser julgada, algo que voltou com força naquele estúdio”, disse.
Andressa relatou também o ambiente nos bastidores, descrevendo que a pressão não se restringiu ao momento das câmeras. “Nos intervalos eu senti que o ambiente ficava ainda mais pesado, porque os cochichos e olhares atravessavam o ar com a mesma dureza que eu via quando frequentava a igreja, como se cada pessoa estivesse se preparando para me condenar antes mesmo de o debate começar, e isso me lembrou exatamente da época em que eu era tratada como alguém que precisava pedir desculpa por existir”, afirmou.
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Ao ampliar sua reflexão, ela associou a experiência vivida no estúdio ao impacto do julgamento religioso na vida de outras pessoas. “Eu sei que minha história incomoda, mas participar de um debate como esse mostra que ainda existe uma dificuldade enorme em aceitar trajetórias fora do padrão, porque o que eu senti naquele estúdio é o que tantas outras mulheres sentem dentro das igrejas, dentro das famílias e dentro delas mesmas, esse peso de ser avaliada por cada escolha, cada gesto, cada pecado que inventam para você”. Andressa concluiu: “Eu não fui para ganhar o debate, eu, a pecadora, fui para falar de Jesus”.
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