
A traição é um dos principais motivos que levam ao término de relacionamentos, e suas causas são tão variadas quanto os indivíduos envolvidos. No entanto, segundo a psicoterapeuta belga Esther Perel, autora renomada na área, há um padrão recorrente que antecede muitos casos de infidelidade: a chamada “insensibilidade emocional”.
Em entrevista a um site australiano, Esther explicou que esse fenômeno é comum em relações de longa duração. Trata-se de um estado em que a pessoa começa a se sentir emocionalmente anestesiada e desconectada do parceiro, o que pode abrir espaço para a traição.
A coach de relacionamentos Jess Matthews corrobora essa visão, acrescentando que a infidelidade está frequentemente ligada ao egoísmo. De acordo com ela, trair costuma ser uma resposta a sentimentos de insegurança ou carência emocional.
Entre os fatores que levam à traição está a perda da intimidade e o surgimento da rotina, que transforma a relação em uma convivência mais parecida com uma amizade do que com um romance. Esther Perel destaca que muitos não traem por falta de amor, mas sim porque desejam recuperar a sensação de entusiasmo e vitalidade.
Apesar de ser um comportamento complexo e multifatorial, a traição pode ser evitada em alguns casos. Para isso, especialistas recomendam que os casais mantenham viva a conexão emocional e erótica. Isso inclui sair para encontros românticos, cultivar o mistério e fugir da mesmice do dia a dia.
Jess Matthews alerta que hábitos repetitivos, como passar todos os fins de semana assistindo a séries, podem sufocar a espontaneidade e a diversão — elementos essenciais para manter o desejo e a energia s*xual no relacionamento.
Em resumo, tanto Perel quanto Matthews defendem que a chave para evitar a infidelidade está em preservar a vitalidade da relação, mantendo o interesse mútuo e a conexão emocional ativa.

