Vídeos curtos com promessas de resultados “milagrosos” para a pele têm ganhado destaque nas redes sociais, mas podem representar sérios riscos à saúde cutânea. A biomédica especializada em estética Melissa Brum chama atenção para três práticas caseiras que, apesar da popularidade, podem causar danos permanentes à pele.
Segundo a profissional, o problema vai além da falta de conhecimento técnico: os vídeos mostram apenas os resultados finais, ignorando etapas cruciais como higiene, preparo, esterilização e avaliação por um especialista. Entre os métodos mais perigosos estão o microagulhamento caseiro, o dermaplaning com lâmina comum e os peelings feitos com misturas inadequadas.
O microagulhamento, por exemplo, é um procedimento que exige precisão na profundidade e pressão, além de esterilização rigorosa. Quando feito em casa com dispositivos comprados online, pode causar feridas, manchas, infecções e até cicatrizes profundas.
Já o dermaplaning, quando feito com lâmina de barbear, oferece riscos elevados. A lâmina não é estéril e o procedimento exige técnica para evitar cortes. Além de remover os pelos, ele retira uma camada protetora da pele, facilitando a entrada de bactérias.
Os peelings improvisados são ainda mais perigosos. Misturas com limão, açúcar ou produtos profissionais aplicados sem orientação médica podem resultar em queimaduras químicas, hiperpigmentação, irritações severas e descamação intensa. Melissa alerta que a pele pode reagir de forma imprevisível ao contato com ácidos sem supervisão.
Entre os sinais de alerta para reações adversas estão ardência forte, vermelhidão persistente, sensação de queimação, bolhas, escurecimento da pele e dor ao toque. Diante de qualquer um desses sintomas, a recomendação é interromper o uso imediatamente e procurar atendimento especializado.
Para quem deseja cuidar da pele de forma segura em casa, a especialista reforça que o essencial continua sendo o mais eficaz: manter uma rotina com limpeza adequada, hidratação diária e uso regular de protetor solar.
