O grande quebra-cabeça da cosmologia gira em torno da aceleração da expansão do universo — fenômeno habitualmente explicado por forças invisíveis ou energias exóticas. Mas uma nova linha de raciocínio propõe algo bem mais direto: e se não houver um “algo lá fora” para onde o universo se expande — talvez o próprio espaço esteja simplesmente se esticando. Essa alternativa radical mexe com nossas concepções tradicionais, indicando que não precisamos acudir a entidades desconhecidas para explicar o cosmos em expansão.
Segundo essa visão, o universo não cresce para fora, ele cresce por dentro — o próprio tecido espaço-tempo vai se alargando e arrastando galáxias com ele. Nesse cenário, não há bordas, não há “além” — tudo o que existe já é o universo, e não é necessário um espaço externo para que essa expansão aconteça. A analogia frequentemente usada é a de uma malha elástica se esticando: os pontos se afastam uns dos outros sem que haja algo empurrando-os de fora.
Essa proposta age como um desafio à interpretação convencional, mas oferece vantagens: ela quebra a simbólica necessidade de “forças invisíveis” operando fora do universo observável e oferece uma explicação que recorre apenas à própria geometria do cosmos. No fundo, se acertar, pode nos levar a repensar todo o arcabouço da cosmologia atual — sem apelar para fenômenos além do que conseguimos medir.
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É uma hipótese que exige testes rigorosos: os dados observacionais (como o desvio para o vermelho das galáxias) devem seguir previsões bem definidas. Mas, se essa alternativa simplista resistir aos escrutínios da física e da astronomia, pode redefinir como vemos o universo — não como um palco à beira de algo, mas como um tudo que se recria continuamente por dentro.
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