A cantora Angela Ro Ro, ícone da música brasileira, foi sepultada sob aplausos em uma cerimônia emocionante após falecer na última segunda-feira (8/9), aos 75 anos. O velório foi realizado no Rio de Janeiro e contou com a presença de amigos e admiradores. De acordo com o jornalista Rodrigo Faour, que acompanhou a despedida, o caixão seguiu para um “jardim”, pois não havia familiares diretos para autorizar uma cremação.
A artista estava internada desde junho para tratar uma infecção pulmonar e, segundo seu assessor e vizinho Fernando Freitas, ela não deixou testamento nem parentes próximos. Freitas, que cuidava da carreira de Angela há mais de 20 anos, assumiu a responsabilidade pelos trâmites do sepultamento. Ele revelou que, além da ausência de herdeiros conhecidos, há incertezas sobre o destino dos direitos autorais das músicas da cantora, que ainda geram receita.
Angela Ro Ro enfrentava dificuldades financeiras e de saúde nos últimos anos. Segundo seu assessor, seu quadro clínico era grave, com comprometimento dos sistemas respiratório e circulatório. Apesar dos esforços médicos, a recuperação não foi possível. Freitas destacou a importância artística da cantora, mas lamentou que sua saúde e situação financeira tenham se deteriorado ao longo do tempo.
Agora, inicia-se uma busca por possíveis herdeiros ou pessoas próximas que possam legalmente tratar da herança e dos direitos autorais da artista. O caso levanta questões sobre o destino do legado de uma das vozes mais marcantes da MPB, que deixa uma obra significativa, mas também um cenário de incertezas.