Astrônomos ficaram boquiabertos ao capturar uma explosão de rádio ultrabrilhante a “apenas” 130 milhões de anos-luz daqui — uma proximidade rara para esse tipo de fenômeno explosivo e fugaz, conhecido como fast radio burst (FRB). Batizado de RBFLOAT (“explosão de rádio mais brilhante de todos os tempos”), esse clarão intenso foi destaque na Astrophysical Journal Letters ontem.
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Apesar de durar frações de milissegundo, o RBFLOAT disparou energia equivalente ao brilho de uma galáxia inteira naquele disparo fulminante. É justamente essa proximidade que oferece uma janela inédita para os cientistas mergulharem nos mistérios desses enigmas cósmicos com um nível de detalhe inédito.
O telescópio canadense CHIME, com suas antenas estilo meio-cano, foi essencial para essa descoberta. Uma atualização tecnológica permitiu conectar versões menores do instrumento, chamadas Outriggers, cobrindo uma área continental — o que possibilitou localizar a origem do estrondo de rádio com precisão cirúrgica, “como encontrar o galho exato de uma árvore onde um vaga-lume piscou por um milésimo de segundo”.
O clarão foi rastreado até os confins da galáxia espiral NGC4141, na constelação da Ursa Maior, emergindo em uma região repleta de havens de formação estelar. Essa localização reforça a possibilidade de que ele tenha sido originado por um magnetar — uma estrela de nêutrons com campo magnético colosal. E, ao contrário de alguns FRBs que se repetem, esse não voltou a emitir sinais, aumentando ainda mais o mistério sobre sua origem.
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