A Justiça anulou, pela segunda vez, o leilão do Porsche da empresária e socialite Val Marchiori, em processo movido pelo Banco do Brasil para cobrar uma dívida superior a meio milhão de reais. A decisão surpreende, já que o primeiro leilão do veículo de luxo também havia sido invalidado anteriormente.
Val Marchiori alegou, em recurso apresentado em outubro, que o segundo leilão foi realizado com diversas irregularidades que comprometeram a transparência e a legalidade do processo. Segundo a defesa da empresária, os vícios eram insanáveis e tornavam impossível a manutenção da arrematação.
No dia 3 de novembro, o juiz responsável pelo caso declarou nulo o resultado do segundo leilão. Durante o processo, o leiloeiro responsável tentou se manifestar oficialmente, mas foi repreendido pelo magistrado, que o lembrou de que ele não possui capacidade postulatória — ou seja, não pode atuar juridicamente em causa própria.
O arrematante do veículo, que também havia vencido o primeiro leilão anulado, demonstrou frustração com a nova decisão e defendeu a validade do processo, sem sucesso.
Diante das duas anulações, o Banco do Brasil, credor da dívida, solicitou no dia 18 de novembro que o carro seja encaminhado para um terceiro leilão eletrônico. A instituição pediu ainda que o novo procedimento siga rigorosamente a legislação, especialmente no que diz respeito aos prazos legais — ponto central das anulações anteriores.
No dia seguinte, o juiz determinou a intimação do leiloeiro e o advertiu de que uma terceira anulação poderá resultar em sua destituição do cargo e na comunicação do caso à Corregedoria Geral da Justiça.

