As redes sociais estão em polvorosa com o autismo: vídeos rápidos no TikTok e posts no Instagram ajudam a dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas especialistas fazem um alerta grave — esse conteúdo muitas vezes simplifica demais a condição, focando apenas em “traços” superficiais e deixando de lado os critérios médicos reais. Pesquisas já apontam que essa abordagem rasa encoraja muita gente a se autodiagnosticar, sem passar por uma avaliação profissional.
++Especialistas apontam sinais e causas frequentes da traição em relacionamentos duradouros
Essa onda de autodiagnóstico pode sair cara: sem uma avaliação por neurologistas, psicólogos ou psiquiatras, há riscos de diagnóstico errado ou tardio — exatamente aquilo que pode prejudicar intervenções importantes. Segundo o psiquiatra Eugenio Grevet, a pressão por audiência nas redes pode distorcer a forma como autismo é retratado, reforçando estereótipos e criando uma narrativa sensacionalista.
O autismo em adultos, especialmente nos casos mais leves e “funcionais”, pode passar despercebido por anos. Muitos só são diagnosticados depois, quando começam a enxergar sua própria forma de ser — do isolamento à hipersensibilidade — sob uma nova luz. Receber um diagnóstico tardio pode ser libertador: para alguns, é o primeiro passo para entender sua mente e aprender a lidar com estressores, buscando tratamentos como psicoterapia e estratégias de autoconhecimento.
++Cromo é aliado no controle da glicose e pode prevenir diabetes
Por fim, quando o sofrimento é real — seja por ansiedade, pensamentos obsessivos, sensibilidade extrema a barulhos ou à rigidez mental — é imprescindível buscar ajuda. Segundo especialistas, o primeiro passo deve ser a psicoeducação: separar os fatos reais dos estereótipos, aprender a “descomprimir” em ambientes mais calmos e, se necessário, contar com um tratamento que envolva psicoterapia, terapeutas e, até mesmo, apoio médico.

