
O uso constante de dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores, está impactando negativamente a saúde física e mental das pessoas. Essa exposição contínua exige um estado de alerta permanente, que contribui para o aumento do estresse e da reatividade emocional. Segundo a dermatologista Lilia Guadanhim, essa rotina intensa pode ativar o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, resultando em uma maior liberação de cortisol — o hormônio do estresse.
O cortisol, quando produzido em excesso, está diretamente relacionado a diversas condições dermatológicas. Entre elas, destacam-se o agravamento de quadros de rosácea, dermatite seborreica, dermatite atópica e problemas capilares. Além disso, o hormônio também afeta negativamente o sistema imunológico, o sono, o metabolismo e o bem-estar emocional.
De acordo com dados da Comscore de 2023, o Brasil ocupa a terceira posição entre os países que mais utilizam redes sociais no mundo. Esse comportamento digital intenso pode estar contribuindo para os problemas de pele enfrentados por muitos brasileiros, além de afetar sua saúde mental e qualidade de vida.
Para minimizar os efeitos nocivos do uso excessivo de telas, a especialista recomenda a adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, o uso de técnicas de atenção plena (mindfulness) e uma alimentação equilibrada. Essas medidas ajudam a controlar os níveis de estresse e, consequentemente, a proteger a saúde da pele e do organismo como um todo.

