O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator da ação penal que julga a tentativa de golpe de Estado, afirmou que os ataques no dia 8 de janeiro de 2023, foram a culminação de uma série de ações golpistas coordenadas por um “grupo político que se transformou em organização criminosa”, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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“O que ocorreu no dia 8 de janeiro de 2023 não foi um ato espontâneo. Foi a conclusão de um procedimento de manutenção do poder a qualquer custo, conduzido por um grupo político que se transformou, lamentavelmente, em uma organização criminosa”, disse ele.
Na sequência, Moraes fez uma análise dos fatos antecedentes dos atos golpistas: “A sequência de atos executórios desde meados de junho de 2021 mostra claramente a consumação dos tipos penais apontados pela Procuradoria-Geral da República. Mas, devido à reação firme do comandante do Exército e do comandante da Força Aérea, não houve tempo hábil antes do término do mandato para um autogolpe ou para se manter no poder. Tudo estava planejado: a minuta apresentada aos comandantes previa impedir a posse, desmantelar a Justiça Eleitoral e criar uma comissão de regularidade. No entanto, não houve adesão dos militares”, declarou.
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“É importante destacar que isso não começou em janeiro de 2023. Os atos executórios vinham sendo produzidos há muito tempo: movimentações nos quartéis, discursos violentos, ameaças graves ao Judiciário, organização e financiamento das ações. Tudo isso culminou no dia 8 de janeiro, que representou a tentativa final dessa organização criminosa de concretizar o que havia sido anunciado em 2021, durante uma live do réu Jair Bolsonaro”, concluiu Alexandre de Moraes.
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