Por trás da aparência futurista e do “encanto” de conversar com o ChatGPT, esconde-se uma realidade nada glamourosa: uma teia de exploração humana e devastação ambiental. Enquanto CEOs como Sam Altman vendem a inteligência artificial como algo quase sobrenatural — com frases como “parece mágica” —, a verdade por trás dos bastidores revela uma face bem menos encantadora.
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A jornalista Karen Hao, autora do recém-lançado Empire of AI, foi a fundo nessa realidade. Com cerca de 300 entrevistas e viagens por países como Quênia, Colômbia e Chile, ela expõe um cenário alarmante: milhares de trabalhadores terceirizados, mal pagos e psicologicamente afetados por lidarem com o pior da internet, tudo para “ensinar” o ChatGPT a responder de forma educada e segura. Isso sem falar na infraestrutura monstruosa de data centers que consome energia em níveis estratosféricos e milhões de litros de água potável.
Essas operações, envoltas em sigilo e terceirizações, são descritas por Hao como um verdadeiro “império” global. Enquanto o público vibra com os avanços tecnológicos, trabalhadores em situação de vulnerabilidade sustentam o sistema com jornadas pesadas e baixos salários. E no rastro disso tudo, ecossistemas inteiros são impactados pelo uso intenso de recursos naturais.
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Para a autora, estamos diante de corporações tão poderosas que beiram a impunidade. Elas ditam as regras, moldam políticas e escapam de regulamentações com facilidade. “Essas empresas prosperam quando o público acredita que a inteligência artificial é mágica”, alerta Hao. Mas, no fundo, é o velho jogo de dominação disfarçado de inovação.
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