Astrônomos identificaram um fenômeno espacial que pode ser o mais poderoso desde o Big Bang. Trata-se de uma nova classe de explosão estelar chamada “transitório nuclear extremo” (ENT), observada quando buracos-negros supermassivos devoram estrelas gigantes com uma intensidade jamais registrada. A descoberta foi feita a partir de dados do satélite Gaia, da Agência Espacial Europeia, combinados com observações de telescópios no Havaí.
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Dois eventos chamaram a atenção: SN2016jhr e SN2018fyk, observados em 2016 e 2018, respectivamente. Eles brilharam por anos — algo incomum, já que explosões estelares costumam durar semanas ou meses. Essas explosões liberaram uma quantidade de energia equivalente à emissão de cem sóis ao longo de um ano, superando em dez vezes os eventos mais energéticos já conhecidos.
Esse novo tipo de explosão é tão brilhante e duradouro que pode servir como um “farol” para detectar buracos negros em galáxias muito distantes. Ao observar esses eventos, os cientistas olham para bilhões de anos no passado, quando o universo era jovem. Isso abre uma nova janela para entender a origem e a evolução dos buracos-negros supermassivos.
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Com o lançamento de telescópios como o Vera C. Rubin, em 2025, e o Telescópio Espacial Roman, previsto para 2027, os cientistas esperam encontrar ainda mais ENTs. A descoberta desses fenômenos pode mudar tudo o que sabemos sobre as forças mais destrutivas e misteriosas do cosmos.
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