O aguardado resultado das eleições municipais de 2024 levou o Partido dos Trabalhadores (PT) a mobilizar debates antecipados sobre o cenário pós-Lula e o futuro da legenda, com um eventual segundo mandato do presidente, previsto para 2030.
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De acordo com a Revista Fórum, fontes da cúpula do partido afirmam que a necessidade de antecipar o debate se deve ao desempenho misto obtido nas eleições deste ano: apesar de um aumento de mais de 40% no número de prefeituras em comparação com 2020, o partido perdeu redutos estratégicos em São Paulo e conseguiu emplacar apenas um prefeito na região metropolitana, em Mauá.
Além disto, o PT garantiu apenas uma capital, Fortaleza, no Ceará – Evandro leitão foi eleito com uma maioria minúscula contra o segundo colocado, o bolsonarista André Fernandes (PL). As figuras internas reconheceram, por sua vez, a necessidade de uma reestruturação de médio e longo prazo.
Alguns deputados do partido, inclusive, também estão preocupados com uma possível falta de renovação e coerência ideológica. “Partido de centro sem coerência ideológica já tem um monte. Falta uma esquerda disruptiva, com estrutura para competir e força para ganhar”, afirmou um parlamentar.
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Deste modo, um dos desafios internos mais mencionados nas conversas entre os membros do partido é a renovação das lideranças e a busca por novos nomes para ocupar posições estratégicas. A estratégia deve envolver não apenas uma sucessão planejada, como também a formação de uma “esquerda disruptiva”, que recupere a coerência ideológica perdida nos últimos anos.
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