A Organização de Cooperação de Xangai (SCO), liderada pela China e pela Rússia, está pronta para admitir Belarus como membro durante sua cúpula anual em Astana, Cazaquistão. A entrada de Belarus, um aliado próximo da Rússia e apoiador da invasão da Ucrânia, reforça o objetivo da SCO de se posicionar como um contrapeso às instituições ocidentais lideradas pelos EUA. A adesão de Belarus ocorre após a admissão do Irã no ano passado, ampliando a influência do bloco.
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Fundada em 2001, a SCO começou como uma organização focada em combater o terrorismo e promover a segurança regional, mas sua missão tem evoluído para um papel mais geopolítico. A adição de Belarus destaca essa mudança, refletindo as ambições da China e da Rússia de desafiar a hegemonia dos EUA e remodelar o sistema internacional. A organização, que inclui países como Índia e Paquistão desde 2017, agora representa mais de 40% da população mundial e um quarto da economia global.
Apesar do crescimento, a SCO enfrenta desafios internos, como a ausência do primeiro-ministro indiano Narendra Modi na cúpula deste ano, sinalizando desconforto com a direção do bloco. Além disso, a inclusão de Belarus, com seu regime autoritário, levanta questões sobre a reputação e legitimidade da organização, complicando ainda mais as relações entre os membros, especialmente os estados da Ásia Central que buscam uma diplomacia equilibrada.
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Enquanto a China e a Rússia buscam fortalecer a SCO como uma força geopolítica significativa, o bloco ainda luta para se igualar à coesão de organizações ocidentais como a Otan ou a União Europeia. Com a presidência rotativa da SCO passando para a China após a cúpula, Pequim terá a tarefa de encontrar mais pontos de consenso entre os membros e assegurar o sucesso da organização em meio a suas crescentes ambições e desafios.
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