O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta terça-feira (18) sua intenção de fortalecer os laços comerciais e de segurança com a Coreia do Norte, afirmando apoio ao país contra os Estados Unidos. Em um artigo publicado na mídia estatal norte-coreana, Putin elogiou o líder Kim Jong-un e criticou as sanções econômicas e ameaças dos EUA, prometendo resistir conjuntamente às “restrições unilaterais ilegítimas” e promover o comércio e a segurança na Eurásia.
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A visita de Putin à Coreia do Norte, a primeira em 24 anos, ocorre em meio a alegações dos EUA de que Pyongyang forneceu mísseis balísticos e munições à Rússia para uso na guerra na Ucrânia, o que tanto Moscou quanto Pyongyang negam. Apesar disso, os dois países prometeram reforçar os laços militares, com possibilidade de exercícios conjuntos. A Casa Branca expressou preocupação com o aprofundamento dessa relação, suspeitando que Putin busque armamentos para sustentar o conflito na Ucrânia.
A reunião entre Putin e Kim inclui discussões sobre segurança e cooperação, além de eventos protocolares como concertos e recepções de Estado. A delegação russa conta com ministros de diversas áreas e altos funcionários do governo. A mídia estatal norte-coreana também publicou artigos elogiando a Rússia e apoiando suas ações na Ucrânia, referindo-se a elas como uma “guerra sagrada”.
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Especialistas veem a aliança entre Rússia e Coreia do Norte como uma ameaça significativa à segurança global. Victor Cha, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, afirmou que essa relação mina a segurança na Europa, Ásia e nos EUA, e pediu maior pressão econômica e diplomática sobre Pyongyang, além de maior engajamento com a China para conter a influência norte-coreana.
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