As tensões aumentaram na Europa Oriental após o presidente russo, Vladimir Putin, afirmar que um exercício militar planejado com armas nucleares táticas, no sul da Rússia e com a aliada Bielorrússia, é parte de um trabalho planejado e não algo incomum. O anúncio vem em resposta a supostas ameaças da França, Reino Unido e Estados Unidos, segundo Moscou. Putin também mencionou que sugeriu à Bielorrússia participar de uma das fases do exercício, que ocorrerá em três etapas, incluindo ações conjuntas com os bielorrussos.
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Os comentários de Putin ocorrem após a Rússia ter anunciado na segunda-feira o destacamento de armas nucleares táticas como parte de um exercício militar, relacionando diretamente a ação a “declarações provocativas e ameaças de certos responsáveis ocidentais contra a Federação Russa”. Este movimento vem em meio a tensões geopolíticas crescentes e reflete a complexidade das relações entre a Rússia e as potências ocidentais, particularmente em relação à segurança nuclear.
A Rússia e os Estados Unidos são as maiores potências nucleares do mundo, possuindo a grande maioria das ogivas nucleares existentes. A China é a terceira maior potência nuclear, seguida pela França e pelo Reino Unido. Especialistas em controle de armas expressam incerteza sobre o número exato de armas nucleares não estratégicas da Rússia, incluindo aquelas supostamente transferidas para a Bielorrússia, e sobre a natureza do seu armazenamento e controle.
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Apesar do anúncio russo, o Pentágono afirmou na segunda-feira não ter observado uma mudança na disposição da Rússia em relação às suas forças nucleares estratégicas. Especialistas alertam que, embora não haja indicação de uma escalada iminente, o contexto geopolítico requer atenção, especialmente dada a sensibilidade e a gravidade das questões nucleares.