O presidente russo, Vladimir Putin, declarou neste sábado (19) uma suspensão temporária das ações militares na Ucrânia durante o feriado da Páscoa ortodoxa. A trégua está prevista para começar às 18h do sábado e se estender até a meia-noite de segunda-feira (21), com base em “motivos humanitários”. Em reunião no Kremlin com seu chefe militar, Valery Gerasimov, Putin afirmou esperar reciprocidade por parte da Ucrânia, como sinal de abertura para uma solução negociada do conflito.
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O Kremlin destacou que as forças russas estarão alertas para possíveis violações da trégua e ataques vindos das tropas ucranianas, mesmo durante o período de cessar-fogo. Putin reafirmou que Moscou permanece disposta ao diálogo e agradeceu o apoio de países que, segundo ele, compartilham o mesmo objetivo, mencionando diretamente Estados Unidos e China. O Ministério da Defesa russo já orientou todos os comandantes envolvidos na chamada “operação militar especial” a respeitarem a ordem de cessar-fogo.
Do lado ucraniano, ainda não houve pronunciamento oficial sobre a proposta de trégua. A guerra, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022, segue marcada por combates intensos e um alto número de vítimas civis. Recentemente, um ataque com mísseis russos à cidade de Sumy resultou em 34 mortes e mais de 100 feridos, tornando-se o episódio mais letal deste ano na Ucrânia. O presidente Volodymyr Zelensky condenou o ataque e renovou pedidos por apoio internacional e proteção do espaço aéreo ucraniano.
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Zelensky também voltou a cobrar um envolvimento mais direto dos Estados Unidos no esforço por um acordo de paz. Ele mencionou desconfiança sobre o compromisso futuro dos EUA, mesmo reconhecendo o país como aliado estratégico. Durante o governo Trump, emissários americanos chegaram a se reunir com representantes russos e ucranianos, incluindo um encontro entre Steve Witkoff e o próprio Putin. No entanto, apesar de sucessivos anúncios de cessar-fogo, os confrontos permanecem constantes e a paz ainda parece distante.