A embaixada argentina notificou formalmente o Itamaraty na quinta-feira (4) sobre a visita do presidente Javier Milei ao Brasil. Milei participará da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) em Balneário Camboriú (SC) ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar da visita ser de caráter pessoal, a diplomacia argentina solicitou facilidades migratórias e aduaneiras para Milei e sua equipe, que serão atendidas pelas autoridades brasileiras.
O governo argentino também requisitou autorização da Força Aérea Brasileira para uso do espaço aéreo, com previsão de pouso do avião presidencial na noite de sábado (6) e retorno a Buenos Aires no domingo (7) à noite. Essa será a primeira visita de Milei ao Brasil desde que assumiu a presidência, e ele não tem planos de se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem frequentemente critica.
Integrantes do governo Lula consideram a participação de Milei no evento conservador “imprevisível”, acreditando que o presidente argentino possa elevar o tom contra Lula, incentivado por bolsonaristas. Dependendo das declarações e do contexto do evento, o governo brasileiro não descarta possíveis consequências diplomáticas. Apesar dos atritos públicos entre os presidentes, diplomatas dos dois países têm se esforçado para manter relações bilaterais estáveis.
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Na véspera da viagem, Milei voltou a acusar Lula de corrupção, afirmando que aqueles que o criticam são “dinossauros idiotas”. Em resposta, Lula declarou que Milei lhe deve um pedido de desculpas por suas declarações ofensivas. Além disso, Milei cancelou sua participação na Cúpula do Mercosul em Assunção, Paraguai, alegando uma “agenda sobrecarregada”. O presidente Lula estará presente na cúpula.
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