Papa Francisco recusava salário e reduziu benefícios de cardeais para conter gastos no Vaticano

O papa Francisco, falecido nesta segunda-feira, era conhecido por adotar um estilo de vida simples e por implementar medidas econômicas no Vaticano diante de uma crescente crise financeira. Ao contrário da maioria dos líderes eclesiásticos, ele não recebia salário, como revelou no documentário Amém: Perguntando ao Papa, de 2023. Segundo Francisco, quando precisava de algo, como sapatos, apenas pedia. “Não me preocupo com isso, pois sei que serei alimentado de graça”, declarou.

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Mesmo sem renda pessoal, o pontífice enfrentou desafios significativos para equilibrar as contas da Santa Sé, especialmente após os impactos da pandemia de Covid-19. Em resposta à queda de arrecadação, ele ordenou cortes salariais, incluindo uma redução de 10% nos vencimentos dos cardeais, que giravam entre 4 mil e 5 mil euros mensais. A decisão visava preservar os empregos de outros funcionários do Vaticano.

Nos últimos anos, Francisco também promoveu mudanças nas condições de moradia dos altos membros da Igreja. Até 2023, cardeais que viviam em Roma e no Vaticano pagavam apenas por serviços como água e luz, usufruindo de aluguéis simbólicos. Com as novas diretrizes, o papa determinou que esses membros passassem a arcar com o aluguel completo, enquanto outros religiosos ainda tinham subsídios.

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Para enfrentar a resistência interna e buscar novas fontes de recursos, o papa criou uma comissão de alto nível dedicada à arrecadação de doações. Com cerca de 1,3 bilhão de fiéis no mundo, a Igreja Católica continua buscando alternativas para manter sua estrutura e atividades, mesmo em tempos de restrições econômicas.

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