Em um comício realizado na paróquia de La Vega, no centro de Caracas, na quarta-feira, 17, o presidente venezuelano Nicolás Maduro fez declarações alarmantes sobre as consequências de uma possível derrota nas próximas eleições. Maduro advertiu que o país enfrentaria um “banho de sangue” e uma “guerra civil fratricida” se ele não for reeleito, usando o termo “fascistas” para se referir a seus oponentes sem especificar quem seriam.
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Atualmente, pesquisas de intenção de voto indicam que Maduro está atrás de seu principal rival, Edmundo González. Ex-diplomata, González tem ganhado destaque com o apoio de María Corina Machado, uma líder da oposição que tem conquistado eleitores ao prometer restaurar a democracia e reunir famílias separadas pela migração.
Para monitorar a integridade das eleições, a ONU enviará um painel de quatro especialistas à Venezuela antes do dia 28 de julho, data marcada para o pleito. A equipe terá a responsabilidade de produzir um relatório independente e confidencial sobre o processo eleitoral, com recomendações para fortalecer futuras eleições.
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Este movimento da ONU é uma resposta a um pedido do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que busca assegurar a transparência e a legitimidade do processo eleitoral. A atuação do painel é vista como uma tentativa de garantir que as eleições ocorram de maneira justa e transparente, apesar das tensões políticas e declarações inflamadas de Maduro.