Maduro desafia críticas dos EUA e rejeita alegações de fraude eleitoral

O presidente venezuelano Nicolás Maduro reagiu com desdém ao comunicado dos Estados Unidos que reconheceu a vitória do opositor Edmundo González Urrutia na recente eleição presidencial na Venezuela. Em discurso transmitido ao vivo em seu perfil no X, Maduro ironizou a intervenção americana e a comparou ao fracassado movimento liderado por Juan Guaidó em 2019. O presidente também criticou a Organização dos Estados Americanos (OEA) e outros países que ainda não reconheceram o resultado das eleições realizadas no último fim de semana.

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Maduro, que afirma ter recebido cerca de 51% dos votos de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), rejeitou as alegações de fraude e acusou os EUA de tentar substituir o CNE e impor um novo modelo de governo. A oposição, por sua vez, denunciou irregularidades na votação e alegou que González Urrutia foi o verdadeiro vencedor. Esses eventos desencadearam uma onda de violência no país, com confrontos entre manifestantes e forças pró-Maduro, além de ataques a símbolos do regime chavista.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que há evidências contundentes de que González Urrutia venceu as eleições e chamou as partes venezuelanas para iniciar um diálogo sobre uma transição pacífica. Blinken expressou apoio ao processo de restabelecimento das normas democráticas na Venezuela, destacando a importância de uma transição respeitosa e de acordo com a lei eleitoral venezuelana.

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Enquanto isso, o Brasil expressou preocupação com a falta de transparência na divulgação das atas eleitorais. Celso Amorim, assessor para Assuntos Internacionais do Palácio do Planalto, criticou a demora na publicação dos resultados e enfatizou a necessidade de o governo venezuelano fornecer provas claras de sua vitória. Amorim também defendeu a imparcialidade do Centro Carter, uma organização que supervisiona eleições ao redor do mundo.

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