Aconteceu nessa quarta-feira, na Argentina, a primeira greve geral do governo Javier Milei, apenas 45 dias após assumir o cargo.
O protesto, liderado pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), maior sindicato argentino, tem como alvo as medidas de ajuste fiscal rigoroso e um amplo plano de reformas em leis e normas que estão em vigor há décadas.
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A previsão era que a greve durasse 12 horas, com fim marcado para 0h. A ação reuniu mais de 1,5 milhão de pessoas e afetou desde o transporte até os bancos. Foi a maior demonstração de oposição aos planos propostos por Milei desde o início de seu governo. Além de Buenos Aires, o protesto ocorreu também em Mar del Plata e na província de Misiones.
Na Praça do Congresso, em Buenos Aires, Pablo Moyano, do Sindicato dos Caminhoneiros, questionou o conjunto de leis do governo e criticou outro projeto sobre imposto aos trabalhadores que recebem rendimentos elevados.
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Quando questionado na terça-feira (23), sobre a convocação para a greve geral, o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, afirmou que os sindicalistas “claramente estão do lado da história”. Ele reclamou de a medida ter sido anunciada dias após a posse de Milei. “De fato, acredito que foi o anúncio de greve mais rápido da história da Argentina”, pontuou Adorni, afirmando que a marcha “não tem sentido” e que os sindicalistas estão “contra as pessoas que trabalham”. O governo Milei também questiona o “silêncio” dos sindicalistas durante o governo de Alberto Fernández.
A Argentina vive, há décadas, uma crise econômica que envolve inflação e juros exorbitantes, altos níveis de pobreza, forte desvalorização cambial e a falta de reservas. Parte desse cenário reflete os déficits fiscais que o país acumula há mais de dez anos.
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