Na manhã desta quinta-feira (23), a China iniciou exercícios militares no Estreito de Taiwan e em áreas adjacentes, visando punir os “atos separatistas” da ilha. A operação, denominada Joint Sword-2024A, envolve forças do Exército, Marinha e Aeronáutica chinesas, utilizando foguetes e outros equipamentos militares. Os exercícios começaram às 7h45 no horário local e se estenderão até sexta-feira (24).
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Segundo Li Xi, porta-voz das Forças Armadas chinesas, essas manobras representam uma forte punição às ações separatistas de Taiwan e um aviso severo contra interferências externas. A iniciativa ocorre poucos dias após a posse de Lai Ching-Te, novo presidente de Taiwan, que Pequim considera um separatista. A vitória de Lai nas eleições de janeiro já havia provocado fortes reações do governo chinês, que alertou sobre possíveis conflitos em decorrência da sua eleição.
Durante seu discurso de posse na última segunda-feira (20), Lai Ching-Te pediu à China que cessasse a intimidação política e militar contra Taiwan, classificando as ações de Pequim como um dos maiores desafios para a paz mundial. Em resposta, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, criticou severamente o novo presidente taiwanês, chamando-o de “deplorável”.
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Os exercícios militares chineses se concentram em patrulhas conjuntas e ataques de precisão, tanto no ar quanto no mar, em torno de Taiwan. O objetivo declarado é testar as capacidades de combate conjunto das forças chinesas, reforçando a presença militar nas áreas próximas à ilha e enviando uma mensagem clara de dissuasão a qualquer tentativa de independência de Taiwan ou interferência de potências externas.