A Alemanha anunciou que prenderá o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se ele pisar em solo alemão, em cumprimento a um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra na Faixa de Gaza. Steffen Hebestreit, porta-voz do chanceler Olaf Scholz, afirmou em coletiva de imprensa que o país está comprometido a seguir as leis internacionais e os acordos como signatário do TPI.
++UE implementa primeiras normas globais para regular Inteligência Artificial
A decisão veio após o embaixador israelense em Berlim, Ron Prosor, apelar para que o governo alemão rejeitasse o mandado do TPI. Prosor criticou a posição alemã em sua conta no X, afirmando que a resposta do país testaria sua “razão de Estado” e contrastava com declarações mais brandas de outros atores políticos.
O promotor do TPI, Karim Khan, anunciou os mandados de prisão contra Netanyahu, o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant, e três líderes do Hamas, incluindo Yahya Sinwar. Khan justificou a decisão com base em evidências que indicam responsabilidade criminal por crimes de guerra e contra a humanidade no conflito de Gaza.
++Presidente da Argentina vira capa da Times em momento de tensão política internacional
Netanyahu criticou duramente o TPI, acusando Khan de criar uma “falsa simetria” entre líderes eleitos democraticamente e terroristas do Hamas, comparando a situação ao hipotético cenário de emitir mandados de prisão tanto para George Bush quanto para Osama Bin Laden após o 11 de setembro. O Hamas, por sua vez, condenou a decisão do TPI, considerando-a tardia e injusta.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook e também no Instagram para mais notícias do JETSS.