Marcelinho Carioca, com olho machucado, falou, em entrevista coletiva realizada nessa segunda-feira em São Paulo, sobre o sequestro que sofreu no último fim de semana. (Foto: Instagram)
Emocionado, ele disse que foi abordado por três pessoas quando estava indo entregar ingressos do show do cantor Thiaguinho para Taís, mulher que aparece no vídeo com o ex-jogador no cativeiro. (Foto: Instagram)
O ex-atleta afirmou que foi obrigado a gravar o vídeo divulgado nas redes sociais com arma apontada para a sua cabeça. “Se você tem uma arma apontada na cabeça e a pessoa obriga você a falar, o que você faz? Fui obrigado a falar. A Taís é brilhante, guerreira, de fibra, família, trabalhadora que não tenho nada a ver.” (Foto: Instagram)
“Eu fui para o show do Thiaguinho no sábado e saí de lá por volta de 0h40 [de domingo] na Neo Química Arena. Voltando para casa, moro em Arujá, falando com ela [Taís], falei que domingo não poderia ir [em novo show] porque estaria num evento do Corinthians e que estava lá para entregar os ingressos.” (Foto: Instagram)
“Próximo da casa dela, umas três ruas depois, tinha funk rolando.” (Foto: Instagram)
“Eu estava chegando para conversar na frente da casa dela quando chegaram três indivíduos e me abordaram. Tomei coronhada na cabeça e depois não vi mais nada. Quando entrei no carro, colocaram o capuz e não vi mais nada. Tudo isso foi no meu carro”, afirmou. (Foto: Instagram)
“Muita gente inventa muita coisa. Antes de inventar, apure. Eu queria falar da Tais: ela é minha amiga há três anos, conheço o ex-marido dela, os dois filhos dela. É uma mulher íntegra, guerreira… Falaram uma porção de coisas.” (Foto: Instagram)
“ Não tenho nada a ver com ela, é minha amiga, fui secretário de esportes em Itaquaquecetuba. Conheço ela e todas as outras pessoas”, disse ele sobre a mulher com quem estava. (Foto: Instagram)
Marcelinho também contou sobre os momentos de terror que viveu. “Eu vi tanta coisa… Eles queriam dinheiro e me levaram. Eu não estava preocupado com dinheiro, mas com minha vida e a vida dela. Encapuzado, você não vê nada, só escuta. Deram água e comida…” (Foto: Instagram)
“Pediram a senha do telefone e, automaticamente, você dá. Você pensa nos seus filhos, na família, a vida não é grana.” (Foto: Instagram)
“Viram um carro daquele porte próximo da comunidade e chegaram para abordar. Depois, viram o trabalho brilhante do DAS, Civil e PM — porque eu vi, era minha vida em jogo.” (Foto: Instagram)
“O helicóptero chegou forte e descobriram tudo. Escutei assim: ‘a casa caiu, a casa caiu, temos que liberar ele, pega um menor para dirigir e joga ele em outro lugar”. (Foto: Instagram)
Local do cativeiro. (Foto: Instagram)
Marcelinho Carioca perde apartamento de um milhão pra justiça. (Foto: Instagram)
Delegado falou sobre como descobriu cativeiro de Marcelinho Carioca. (Foto: Instagram)
Marcelinho Carioca foi sequestrado e mantido em um cativeiro em Itaquaquecetuba, São Paulo, por quase 40 horas.
Durante coletiva de imprensa realizada nessa segunda-feira (18), Artur Dian, delegado-geral da Polícia Civil, responsável pela investigação, revelou que o ponto de partida para as investigações se deu após transferências via pix realizadas por criminosos com uso do celular da vítima. O ex-jogador ficou o tempo todo com capuz na cabeça.
“Foi exigido por parte dos sequestradores e foram efetuadas essas transferências via pix. E foi daí que a Polícia Militar partiu para os primeiros suspeitos que foram conduzidos para a Divisão Antissequestro”, contou o delegado. Depois dele, foi a vez do comandante da Policia Militar detalhar a ocorrência. Ele informou que uma denúncia anônima ajudou a encontrar o cativeiro na Zona Leste de São Paulo.
“A Polícia Militar já estava em patrulhamento à procura com essas notícias do jogador. O sistema 190 recebeu uma denúncia anônima dizendo que havia um possível casal que estava em cativeiro na Rua Ferraz de Vasconcellos, em Itaquaquecetuba. Ao chegarem no local, os policiais iniciaram a procura nesta casa, porém não encontraram. Ao lado desta casa havia um corredor, os policiais desceram pra tentar acessar a outra casa e eles visualizaram duas mulheres e uma moto que estava parcialmente desmontada”, afirmou.
O comandante afirmou que as mulheres foram confrontadas com perguntas, já que a moto parcialmente desmontada levantou suspeitas de que havia algo ilícito no local. “Elas foram indagadas por procedimento padrão. As mulheres estavam nervosas, os policiais continuaram naquele corredor, avistaram uma escada dentro do último cômodo e ai quando subiram a escada encontraram o Marcelinho [e a amiga]”, completou.
Após descobrirem o local, os suspeitos foram presos e as vītimas liberadas com vida.