Robson Rodrigo Francisco, de 32 anos, moveu um pedido de indenização no valor de R$ 1 milhão por danos morais na Justiça de São Paulo, em decorrência da maneira como foi tratado pela polícia ao ser detido sob suspeita de roubo de caixas de bombom de uma loja de conveniência em junho do ano passado, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. O advogado de Robson alega que seu cliente foi tratado de maneira degradante, sendo carregado pelos policiais “como um verdadeiro animal”.
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Um vídeo feito por uma testemunha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Mariana mostra Robson Rodrigo com mãos e pés amarrados, sendo transportado por policiais enquanto grita.
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De acordo com um funcionário da loja de conveniência onde ocorreu o furto, Robson e outros dois rapazes realizaram um “arrastão” na madrugada de 5/6, colocando diversos produtos em cestas. Os policiais encontraram o suspeito em uma rua próxima, onde ele teria confessado informalmente o crime. Antes de ser preso, Robson foi levado à UPA, onde as imagens foram registradas.
No pedido de indenização, o advogado José Luiz de Oliveira Júnior, representando Robson, alega que as imagens evocam a escravidão. Ele afirma que o procedimento adotado pelos policiais, arrastando o autor pelo chão e segurando nas cordas para infligir dor física, é reminiscente de práticas degradantes associadas à época da escravatura.
“Mesmo com o sr. Robson berrando de dor e deixando claro que colaboraria com os policiais, estes agentes de forma sádica fizeram questão, mesmo com toda a ação sendo filmada, em continuar a sessão de tortura, como bem se pode observar pelas imagens”, acrescenta o advogado.
No pedido, José Luiz de Oliveira Júnior argumenta que o estado de São Paulo deve pagar a indenização de R$ 1 milhão “em virtude do tratamento desumano e degradante dado a ele no momento da abordagem policial”.
Imagens de câmeras de segurança mostram que Robson Rodrigo teve mãos e pés amarrados pelos policiais quando já estava algemado.
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