A pandemia de Covid-19 deixou marcas profundas na saúde mental global, e o Brasil é um dos países que mais sentem seus efeitos, segundo um relatório do Global Mind Project. O estudo, que analisa anualmente o bem-estar emocional mundial, destaca que a recuperação emocional ainda está longe de ser alcançada. O relatório tem como objetivo mapear a situação atual, identificar tendências e sugerir medidas preventivas para melhorar a saúde mental.
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Para compor o relatório, foram entrevistadas 420 mil pessoas em 71 países, utilizando um quociente de saúde mental que avalia capacidades cognitivas e emocionais, como a habilidade de gerenciar o estresse e ser produtivo. A pontuação média global permanece inalterada desde os índices de 2021 e 2022, revelando uma estagnação na recuperação emocional. Entre os países com melhores pontuações estão a República Dominicana, Sri Lanka e Tanzânia, enquanto o Brasil figura na última posição junto com a África do Sul e o Reino Unido.
No Brasil, 34% dos entrevistados se dizem angustiados, um número superior à média global de 27%. Os jovens abaixo de 35 anos são os mais afetados. De acordo com o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein, a alta taxa de infecção, mortalidade e os impactos econômicos da pandemia contribuíram para um quadro de estresse crônico e ansiedade na população brasileira.
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O relatório também sugere que as mudanças nas dinâmicas de vida pós-pandemia, como o trabalho remoto e a hiperconectividade, estão dificultando a recuperação dos níveis anteriores de bem-estar emocional. A persistência dos baixos índices de saúde mental indica que os desafios trazidos pela pandemia ainda influenciam significativamente a vida das pessoas, destacando a necessidade urgente de intervenções e políticas de apoio à saúde mental.
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