Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, revelou a profunda conexão espiritual entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o papa Francisco. Segundo ela, o pontífice foi um dos grandes pilares de apoio emocional para Lula durante o período em que esteve preso, especialmente após a perda de seu neto Arthur, de sete anos. Uma carta enviada ao líder religioso foi respondida com palavras de acolhimento, gesto que reacendeu a fé de Lula naquele momento difícil.
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Janja compartilhou momentos marcantes que viveu ao lado do papa, como quando ele lhe disse que “só se deve olhar alguém de cima para baixo quando é para ajudar a se levantar”. A primeira-dama também relatou o impacto da notícia da morte do pontífice, que a fez chorar logo ao amanhecer. Ao lado de Lula, oraram juntos pela memória do líder católico, descrito por ela como mais que uma referência religiosa — um verdadeiro guia para o mundo.
Durante a entrevista, Janja também comentou os ataques virtuais que sofreu após homenagear o papa em suas redes sociais. Diante das mensagens de ódio, inclusive com ameaças, ela decidiu restringir o acesso ao seu perfil. A primeira-dama ainda destacou o engajamento social de Francisco, citando sua fala sobre Gaza durante a Páscoa e relembrando que usou um casaco bordado por artesãs palestinas durante o G7 como forma de protesto contra o genocídio na região.
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Outro ponto comovente da conversa foi a lembrança da pandemia e da morte da mãe de Janja por Covid-19. Ela mencionou a imagem solitária do papa na Praça São Pedro, durante a bênção “Urbi et Orbi” em 2020, como um símbolo de luto coletivo. A primeira-dama fez críticas duras ao negacionismo e reafirmou seu compromisso com os valores de empatia, solidariedade e resistência, princípios que, segundo ela, o papa Francisco representava com força e humanidade.
Créditos: Folha de São Paulo e Brasil 247
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