Uma adolescente de 13 anos foi vítima de abuso coletivo durante um encontro com um rapaz de 15 anos em Praia Grande (SP). A situação só foi descoberta pela família após a mãe de uma colega relatar o ocorrido. Até o momento, um homem de 18 anos foi preso em conexão com o caso.
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A delegada Lyvia Cristina Bonella, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande, revelou ao g1 nesta quinta-feira (15) que, durante o período em que esteve desaparecida em julho, a adolescente foi abusada por pelo menos 10 homens em três locais diferentes.
Segundo a delegada, a jovem estava em um relacionamento com um rapaz menor de idade, que a convidou para um encontro em uma casa emprestada. Ao chegar, a vítima encontrou vários outros homens no local.
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De acordo com o relato da adolescente, o ‘suposto’ namorado sugeriu que ela mantivesse relações com ele e com outro rapaz. Embora a jovem tenha recusado, sua negativa foi desconsiderada. Ela relatou ter mantido relações com um dos homens e, após consumir bebida alcoólica, foi levada para outra casa, onde afirmou ter sido abusada por oito pessoas. O grupo então se deslocou para um terceiro imóvel, onde ela teria sido abusada por mais três pessoas. A delegada estima que entre 10 e 12 pessoas estejam envolvidas no crime.
Lyvia explicou que a vítima havia ingerido uma grande quantidade de bebida alcoólica. “Ela confirmou as violações durante uma escuta especializada, mas não podemos divulgar muitos detalhes. Ela era a única menina em um grupo de meninos”, afirmou a delegada.
Ainda não está claro se a jovem permaneceu nos locais por vontade própria ou se foi forçada a ficar. “Mesmo que ela quisesse sair, não teria como, pois estava cercada por vários rapazes que continuavam a oferecer bebida alcoólica. Foi uma situação extremamente delicada”, acrescentou Lyvia.
O abuso foi descoberto depois que uma testemunha assistiu a um vídeo do ato e informou os pais da vítima. Embora o rosto dos agressores não seja visível nas imagens, elas ajudaram a polícia a identificar cinco dos envolvidos.
Entre os identificados, quatro são menores de idade e um é maior. Este último foi preso temporariamente para facilitar a investigação, enquanto o caso dos menores foi encaminhado ao Ministério Público (MP) como ato infracional.
Durante a prisão, o suspeito maior de idade se recusou a prestar depoimento. “Conseguimos identificá-lo através das conversas que a vítima mantinha com ele pelo Instagram. As conversas foram autorizadas pelos pais e submetidas a perícia para buscar mais informações”, informou a delegada.
Lyvia destacou que, devido à idade da vítima, o crime é classificado como estupro de vulnerável, independentemente de qualquer aparente consentimento.
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