O jovem Allan Guimarães, de 18 anos, nutre o sonho de integrar as fileiras do Exército Brasileiro. Homem trans, ele conseguiu a retificação de gênero no ano passado e utilizou o serviço militar obrigatório como oportunidade para alistar-se nas Forças Armadas.
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Allan expressa sua paixão pelo serviço militar, afirmando: “É uma coisa que arde assim no meu coração, que eu sinto uma vontade apaixonante de servir ao meu país”, disse. Para o jovem, a possibilidade de preconceito dentro das Forças Armadas não é um impeditivo. “Não posso viver com medo. Eu quero mostrar que pessoas trans podem estar em todo lugar que quiser”.
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A coragem de Allan impressionou Heittor Neves, de 21 anos, também um jovem trans que, apesar de não almejar uma carreira militar, reconhece a jornada do colega.
“Eu achei bonito, acho que uma desconstrução que ele teve até ele com ele mesmo poder falar que é isso mesmo que quer. Então acho muito bonito da parte dele correr atrás de um sonho”, elogiou Heittor.
Allan revelou que sente medo diariamente, mas se apoia em suas orações. “Se a gente for deixar de viver as nossas coisas pelo medo, a gente nem vive.”, destacou.
O medo deles reflete uma realidade preocupante, pois em 2023, 155 pessoas trans perderam a vida no Brasil, sendo 145 homicídios e 10 pessoas tiraram a própria vida, conforme dados do Dossiê sobre assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2023, divulgado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra).
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