A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (1º/4) que o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro atende a interesses pessoais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ela, há uma pressão indevida para que a proposta avance com urgência na Câmara dos Deputados, o que configuraria uma tentativa de livrar Bolsonaro de possíveis punições.
Gleisi destacou que há outras pautas mais relevantes para a população em tramitação no Congresso, como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, a PEC da Segurança Pública e a PEC 66/2023, que trata do prazo para o pagamento das dívidas municipais. Ela reforçou que essas medidas deveriam ter prioridade sobre um projeto que busca beneficiar diretamente o ex-presidente.
Para a ministra, votar a anistia antes da conclusão dos julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF) seria um desrespeito ao Judiciário. Ela argumentou que o STF está conduzindo o processo dentro do devido rito legal e que antecipar a anistia representaria uma afronta ao Estado democrático de direito.
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Nas redes sociais, Gleisi reiterou que Bolsonaro não pode estar acima dos interesses do país e criticou qualquer tentativa de acelerar a tramitação do projeto de anistia. Para ela, a prioridade do Congresso deve ser pautas que atendam às necessidades da população e não iniciativas voltadas à proteção de políticos envolvidos em atos contra a democracia.
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