Fábio dos Santos Pita Junior, conhecido como “Pedro Dominador”, de 26 anos, é apontado como líder de uma quadrilha composta por garotos de programa no Rio de Janeiro, envolvida em chantagem contra clientes após encontros. Cobrando inicialmente R$ 250 por serviço, ele chegou a exigir R$ 70 mil para não divulgar os casos.
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Uma das vítimas, filho de um empresário, foi alvo das ameaças de “Pedro Dominador”, sem que sua família tivesse conhecimento de que ele é LGBT.
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“Mano, eu vou resolver com o seu pai como sujeito homem. Eu vou contar tudo para ele. Vou falar que a gente tava namorando, que tava ficando, entendeu? E vamos ver se não vai resolver! Ele vai resolver. Ele vai me pagar. Se tu não me pagar, ele vai pagar”, disse Fábio Santos em um áudio enviado à vítima.
As chantagens, segundo a polícia, tiveram início em janeiro e persistiram até maio. Após temer pela sua segurança e não suportar mais o fardo financeiro imposto pela quadrilha, o jovem mudou de estado e procurou sua família para denunciar o caso.
O perfil de Fábio dos Santos Pita Junior em sites de acompanhantes masculinos indicava uma taxa de R$ 250 por encontro, embora tenha cobrado R$ 220 do filho do empresário. Após o encontro, ele iniciou as chantagens.
“Vou mandar as fotos, vou mandar os vídeos, vou mandar tudo pra ele. Eu gravei tudo, mano. Tu sabe que eu tenho tudo”, afirmou Fábio em uma das mensagens.
Através das ameaças e chantagens, os suspeitos conseguiram acesso aos dados de familiares da vítima.
Somente após pagar mais de R$ 70 mil à quadrilha, a vítima buscou auxílio de um familiar e denunciou o crime.
O prejuízo das vítimas, segundo investigações, ultrapassa os R$ 100 mil. Cinco ex-clientes já prestaram depoimento contra a quadrilha.
Além de Fábio dos Santos Pita Junior, outros suspeitos de integrar a quadrilha são Ronaldo da Silva Gonçalves, responsável pela movimentação financeira, Carlos Henrique da Silva Paixão, encarregado de atrair novas vítimas, e Cynara Ferreira da Silva, mãe de Carlos Henrique. Apesar de não atuar como garota de programa, Cynara foi indiciada por extorsão e associação criminosa por receber em sua conta bancária os valores extorquidos das vítimas.
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