Família inteira fica viciada em apostas on-line

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No interior de São Paulo, uma família, exceto o patriarca, vive um drama silencioso: o vício em apostas online, principalmente no jogo conhecido como “Jogo do Tigrinho”. Apesar de tentarem minimizar a situação, admitindo “ganhos bons” e apostas com “pouquinho”, a realidade é bem mais sombria. A promessa de ganhos fáceis esconde uma armadilha cruel que já levou pessoas ao desespero e até à morte.

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“Acaba sendo um divertimento. Vira e mexe tem uns ganhos bons. Qualquer dinheirinho que sobra, [a gente] está lá fazendo aposta. A gente perde, mas de vez em quando ganha”, disse um dos integrantes da família.

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O apostador, contudo, acredita que como a família não gasta muito, o hábito coletivo não configura exatamente um vício. “Mas ninguém é viciado [de gastar milhares de reais]. O pessoal aqui joga com pouquinho”, disse. Por fim, reconheceu: “Mas não deixa de ser um vício né? Ai que horror”.

O Jogo do Tigrinho, popular por sua interface de cassino online, é ilegal no Brasil por violar a Lei de Contravenções Penais. Apesar da promessa de fortuna fácil, a realidade é cruel: a maioria dos jogadores perde, caindo em uma espiral de dívidas e desespero.

As histórias de tragédias relacionadas ao vício em apostas online são cada vez mais frequentes. No estado de São Paulo, apenas este ano, quatro pessoas tiraram suas próprias vidas após perdas financeiras. Investigações revelam inclusive o envolvimento de crianças na divulgação do jogo ilegal.

Em 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o vício em jogos eletrônicos como uma doença. As apostas online desenfreadas podem causar danos físicos, psicológicos e sociais, levando a situações extremas como as mencionadas.