A mãe de Jéssica Canedo foi a primeira testemunha a ser ouvida pela Polícia Civil de Araguari, em Minas Gerais, nessa terça-feira.
A família confirmou a morte de Jéssica na última sexta-feira, depois que circularam prints de uma suposta conversa entre a estudante e o comediante Whindersson Nunes. Os dois, no entanto, alegaram que a conversa era falsa e que nem se conheciam. Mesmo após negar a veracidade das conversas, os dois sofreram ataques de ódio em seus perfis. Dois dias antes de morrer, Jéssica pediu a exclusão das postagens falsas.
A mãe de Jéssica, durante uma entrevista à uma emissora de TV, descreveu a agonia da filha diante da exposição. “Ela chegava aqui em casa e pedia pra eu fazer alguma coisa: ‘mãe, pede pra eles pararem, porque eu já não estou mais aguentando”.
Em um primeiro momento, os perfis que divulgaram os prints falsos nas redes sociais não serão investigados. A apuração se concentra inicialmente nas circunstâncias da morte da estudante. “Caso seja configurado algum crime contra a honra pela divulgação de notícias falsas, isso pode ser objeto de outra investigação, mas dependeria de manifestação de vontade por parte da família da vítima, pois esses crimes são de ação penal privada”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Felipe Oliveira.
O delegado disse que mais testemunhas poderão ser convocadas para depor, caso a polícia veja necessidade.
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