Um casal de avós foi detido por crime contra vulneráveis em Minas Gerais. A avó foi presa no último dia 23 devido à sua omissão e conivência com os atos violentos, enquanto o avô foi detido pelos abusos cometidos contra três crianças ao longo de aproximadamente cinco anos.
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A mulher, de 77 anos, foi condenada a 40 anos de prisão por sua participação passiva nos atos ao testemunhar a violência contra os netos. Os abusos ocorriam na residência das crianças, durante visitas, ou na casa dos próprios avós. Em depoimento, uma das vítimas relatou que quando os abusos ocorriam em sua casa, o avô, de 79 anos, esperava que o pai saísse do local. “Acho que ele saía para comprar algo para comer”, disse a vítima.
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Quando os crimes tiveram início, em 2011, duas das vítimas (um menino e uma menina) tinham 4 anos, enquanto a terceira vítima, outra menina, tinha 6 anos. O avô ameaçava o menino para que ele não revelasse o que estava acontecendo a ninguém.
Para as crianças, a presença da avó durante os abusos era entendida como algo normal, conforme consta nos registros judiciais.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MP-MG) em 31 de julho de 2019. O avô foi inicialmente condenado a 61 anos e 7 meses de prisão, enquanto a avó recebeu uma pena de 40 anos e 7 meses de reclusão. As sentenças foram proferidas em maio de 2020.
O avô estava detido preventivamente desde 11 de julho de 2019, porém, devido à pandemia de Covid-19, teve sua prisão convertida em domiciliar. Em março deste ano, a defesa dele solicitou a prorrogação desse benefício em virtude do estado de saúde do acusado, pedido que foi deferido.
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