Cinema não está morrendo “está se transformando” diz Scorsese

O renomado diretor de cinema Martin Scorsese será homenageado com o Urso de Ouro Honorário no Festival de Cinema de Berlim, em reconhecimento à sua vasta obra cinematográfica. Durante a coletiva de imprensa do prêmio, Scorsese abordou temas como o estado atual da sétima arte, o domínio do streaming e o impacto das IA (inteligências artificiais) no cinema.

“Acho que não está morrendo. Acho que está se transformando”, disse Scorsese. “[O cinema] nunca foi feito para ser uma coisa só. Estávamos acostumados a isso. Eu cresci [com o cinema] como uma coisa: se você queria ver um filme, você ia ao cinema. Um cinema bom ou um cinema ruim, mas era um cinema. Sempre foi uma experiência comunitária.”

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“Mas a tecnologia mudou tão rápida e tão exaustivamente que, de certa forma, a única coisa que você pode realmente manter é a voz individual. A voz individual, devo dizer, pode se expressar no TikTok ou em um filme de quatro horas ou em uma minissérie de duas horas”, continuou o diretor.

“Não se torne escravo da tecnologia – deixe-nos controlar a tecnologia e colocá-la na direção certa”, disse ele. “A direção certa vem da voz individual, e não de algo que é simplesmente consumido e jogado fora.”

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Scorsese comentou sobre a importância de não permitir que a tecnologia seja motivo de medo, destacando a necessidade de abraçar as mudanças sem perder a essência do cinema. O diretor, indicado ao Oscar em 10 categorias, também falou sobre seu último filme, Assassinos da Lua das Flores, que retrata os misteriosos assassinatos entre os membros da tribo nativo-americana Osage Nation, na década de 1920, após a descoberta de petróleo em suas terras.

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