Na última quinta-feira (18), Bruno Gagliasso fez uma profunda reflexão sobre saúde mental, relembrando o papel marcante que desempenhou como Tarso na novela “Caminho das Índias” (2009). Em suas palavras, o ator destacou o progresso na discussão sobre saúde mental desde a exibição da novela e a importância em trazer o tema ao horário nobre da TV.
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“Dá pra acreditar que o Tarso já tem quinze anos? Lá em 2009 ainda não discutíamos sobre saúde mental da forma que falamos hoje. Depressão? Ansiedade? Esquizofrenia? Bipolaridade? Tudo era reduzido a ‘maluco’, ‘doido’. Sinto que Tarso foi um importante ponto de virada nessa conversa”, refletiu o ator.
Gagliasso elogiou a autora da novela, Glória Perez, por sua sensibilidade ao abordar a esquizofrenia de forma tão direta e educativa. “Com muita sensibilidade, a Glória fez o Brasil olhar para essa questão. Colocou em horário nobre, para milhões de brasileiros, todo o processo de diagnóstico e aceitação de uma condição como a esquizofrenia”, destacou.
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O ator também compartilhou a complexidade do processo de interpretação, que exigiu extensa pesquisa e empatia. “Eu já estudava o tema de certa forma para a peça ‘Um Certo Van Gogh’, mas compor o Tarso foi muito além. Exigiu muitas conversas com médicos, pacientes e familiares. Ele exigia emoções que eu não imaginava serem possíveis de alcançar. A cada cena, um novo desafio”, relatou.
Para Gagliasso, o trabalho com Tarso foi transformador tanto pessoal quanto profissionalmente. “Quando a Glória me convidou para viver o Tarso, ela disse que esse seria ‘o personagem da minha vida’. E acho que ela estava certa. Tarso mudou a rota de muitas histórias e mudou a minha vida. Terminei ‘Caminho das Índias’ muito mais certo do que eu quero ser como ator”, afirmou.
“Recebia diariamente relatos de famílias que se identificavam com aquele drama, gente que pôde compreender melhor uma situação que acontecia dentro de casa. Sou muito grato por ter dado vida ao Tarso, por ter contribuído – nem que seja um pouquinho – para desmistificar esse assunto”, concluiu.
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