O governo chinês convocou os 193 Estados-membros da ONU para uma reunião informal do Conselho de Segurança, marcada para a próxima quarta-feira (23), com o objetivo de discutir o uso de tarifas como ferramenta de pressão internacional. Em carta enviada às nações, Pequim acusa os Estados Unidos de recorrer ao “bullying” econômico e de minar os esforços globais por paz e desenvolvimento ao adotar práticas comerciais unilaterais e punitivas.
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Na comunicação oficial, a China afirma que os países em desenvolvimento são os mais afetados por essas políticas, e critica duramente Washington por empregar tarifas como “armas de extrema pressão”, violando normas internacionais e agravando a instabilidade econômica global. A iniciativa chinesa ocorre em meio à intensificação da guerra comercial com os EUA, que recentemente ampliaram tarifas sobre produtos chineses para até 245%, excetuando itens eletrônicos como celulares e laptops.
A tensão aumentou após declarações da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que afirmou que os Estados Unidos não têm a obrigação de chegar a um acordo com a China, jogando a responsabilidade das negociações sobre tarifas no colo do governo chinês. Segundo ela, o país asiático é quem precisa de um acordo, por desejar acesso ao mercado consumidor americano.
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Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Li Jian, criticou a postura americana e disse que a guerra tarifária foi iniciada pelos EUA. Ele defendeu o direito da China de reagir, reforçando que o país “não quer confronto, mas também não o teme”. A ONU alertou nesta quarta-feira que o crescimento econômico global pode cair para 2,3%, impulsionado pela incerteza e escalada nas disputas comerciais.
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