Mãe é detida sob suspeita de dopar e matar a filha

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Carla Carolina Abreu Souza, mãe de Kerollyn Souza Ferreira, foi detida após a polícia civil descobrir que ela havia medicado a filha com clonazepam, um tranquilizante, sem prescrição médica. A menina foi encontrada sem vida dentro de um contêiner de lixo em Guaíba (RS).

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De acordo com a polícia, Kerollyn teria ingerido cerca de 1 grama de clonazepam. Carla admitiu ter dado o medicamento à filha e também o consumido ela mesma antes de irem dormir. Ela alegou ter acordado por volta das 7h da sexta-feira (9/8), notado a ausência da filha em casa, tomado mais remédios e retornado a dormir.

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Quando questionada sobre a administração do medicamento, Carla justificou que o fazia devido ao suposto comportamento agressivo de Kerollyn. Segundo ela, a menina apresentava surtos de violência e agredia os irmãos de 3, 5 e 13 anos. Apesar de negar qualquer envolvimento na morte da filha, Carla é a principal suspeita e não demonstrou surpresa ao ser informada sobre a localização do corpo, mostrando apenas irritação com a acusação.

A polícia aguarda os resultados dos exames de corpo de delito para determinar a causa exata da morte. Durante as investigações, descobriu-se que a mãe já havia agredido Kerollyn anteriormente. Em um incidente, a menina foi levada ao hospital com uma lesão na cabeça, inicialmente atribuída a uma queda de bicicleta, mas os investigadores descobriram que a lesão era resultado de um ataque com uma colher de metal.

O Tribunal de Justiça revelou que as provas apresentadas pela Polícia Civil indicam que a criança foi submetida a intenso sofrimento físico e mental, caracterizando maus-tratos, negligência e tortura. Vizinhos relataram que tentaram alertar o Conselho Tutelar mais de 20 vezes sobre a situação, descrevendo Kerollyn pedindo ajuda, água e afeto.

Outros três vizinhos também denunciaram o caso ao Conselho Tutelar, relatando que a menina frequentemente cuidava dos irmãos menores e buscava apoio e comida na rua.