O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira que há instrutores militares ocidentais na Ucrânia, atuando disfarçados como mercenários, e advertiu sobre “sérias consequências” se os países ocidentais permitirem que suas armas sejam usadas contra a Rússia. A declaração de Putin foi feita durante uma visita ao Uzbequistão, um dia após o comandante do Exército ucraniano, Oleksandr Syrsky, anunciar a chegada iminente de instrutores militares franceses à Ucrânia.
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Putin destacou que a presença desses especialistas ocidentais intensifica a escalada do conflito e alertou que pequenos países europeus devem considerar as repercussões de tais ações. Enquanto isso, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrel, confirmou que não há consenso entre os membros do bloco sobre o envio de instrutores militares à Ucrânia, ressaltando as preocupações de países como a Alemanha sobre o risco de um confronto direto com a Rússia.
Em relação à legitimidade do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cujo mandato terminou recentemente sem perspectiva de novas eleições devido à lei marcial em vigor, Putin sugeriu que o Parlamento ucraniano deveria transferir o poder ao presidente do Legislativo, Ruslan Stefantchuk. A máquina de propaganda russa tem utilizado essa situação para intensificar a retórica contra Kiev, questionando a legitimidade de Zelensky.
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O envio de instrutores militares ocidentais para a Ucrânia é um tema delicado, com discussões em curso dentro da Otan. A aliança, liderada pelos EUA, mantém uma postura cautelosa, evitando a participação direta no conflito para não provocar uma escalada maior. O governo americano, assim como outros membros da Otan, tem relutado em permitir que suas armas sejam usadas em ataques dentro do território russo, temendo represálias severas de Moscou.
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