Um grupo de deputados federais da oposição anunciou, nesse domingo, que vai protocolar um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O pedido ocorre em virtude da declaração do presidente feita durante evento em Adis Abeba, na Etiópia, comparando a ação militar israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto. Segundo a deputada Carla Zambelli (PL-SP), a fala configura crime de responsabilidade.
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“Não se pode comparar o incomparável. Nada se compara à maior tragédia da humanidade, que foi o Holocausto e que vitimou 6 milhões de judeus, além de diversas minorias. É injustificável, leviana e absurda a afirmação do presidente da República. É uma afronta aos judeus, aos descendentes do horror do nazismo e algo que só fomenta o crescimento do antissemitismo no Brasil. O direito à liberdade de expressão não engloba a banalização ao Holocausto”, disse a parlamentar.
A fala de Lula se deu em entrevista coletiva, nesse domingo, depois da participação do presidente na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, disse ele.
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Os deputados alegam que Lula pode ter cometido crime de responsabilidade por “ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”, conforme consta no Artigo 5º da Constituição.
“Isso enseja o pedido de impeachment que estamos apresentando contra o mandatário da nossa nação, que expôs-nos a perigo de guerra, como medida da aplicação da mais inteira e urgente Justiça”, diz o documento.
Segundo os parlamentares, a Corte Internacional não acolheu a acusação de que Israel praticaria genocídio, mas Lula, “de maneira inconsequente e irresponsável, continua suas bravatas, sempre omitindo o fato que foram os terroristas do Hamas que invadiram Israel, matando, mutilando, estuprando e sequestrando bebês, crianças, mulheres, homens e idosos”.
Os deputados afirmam que Lula se esquece de que os ataques não cessam há mais de 130 dias e que ele incentiva injúria racial. Ela cita que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu à fala do petista e disse que convocaria o embaixador brasileiro no país para uma reprimenda.
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