No ar como Ramiro em “Terra e Paixão” (TV Globo), o ator Amaury Lorenzo falou sobre sua sexualidade em uma entrevista ao jornal Extra. Amaury revelou que se considera um homem LGBTQIA+ e que participa ativamente da luta pela causa. Na trama, o artista interpreta o par romântico de Diego Martins, que interpreta o personagem Kelvin.
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Amaury afirmou: “Pode ser que em breve eu me case com outro homem, cis ou trans, com uma mulher, cis ou trans… Eu sei que o público tem curiosidade sobre minha sexualidade”.
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O ator também destacou que não tem problema com a curiosidade do público sobre sua sexualidade, mas ressaltou que o assunto só o incomoda quando ganha mais destaque do que seu trabalho como ator.
Amaury Lorenzo também revelou que participa ativamente da luta contra a homofobia e faz parte da comunidade LGBTQIA+.
“É claro que me sinto assim! Sou professor de teatro e tive três alunos assassinados por serem LGBTQIA+. Um deles foi morto pelo próprio pai. Acolhi um amigo em casa que foi espancado por estar ficando com outro homem na rua. Já recebi ex-alunos que foram expulsos por pais evangélicos por serem gays. Como eu poderia não estar nessa luta? Vamos participar de uma Parada LGBTQIA+ no dia 29, em Madureira. Me convidaram para ser o rei, mas posso trocar com o Diego e ser a rainha.”
O artista também revelou ter enfrentado diversos tipos de preconceito para chegar onde está.
“Ouço frequentemente que eu fui para a cama com todo mundo para poder estar nesta novela, que eu fico explorando o meu corpo… Tentam me agredir por ser um homem negro de 1,80m, com um peitoral grande. Gente, são 25 anos dedicados ao teatro! O preconceito sempre vai permear nossa sociedade. Quando ainda era criança, morando no interior de Minas, com 8 ou 9 anos, eu já era alvo de comentários cruéis por dançar balé clássico. Uma vez, saindo da aula, ouvi pessoas me chamando de viadinho, e eu nem sabia o que isso significava. Quando me virei, eram vendedoras de uma loja de roupas. No bairro onde morava, um garoto gritou: “Amaury, olha pra trás!”. Ele estava com uma arma de bolinha apontada para mim, me chamou de viadinho e atirou. Fez um buraco nas minhas costas. Comecei a sentir vergonha de fazer balé. Aos 10 anos, eu ia fazer um teste para uma companhia de balé em Londres, e minha mãe foi à escola pedir autorização para que eu pudesse ir a Belo Horizonte. Quando voltei, dois dias depois, a professora de inglês debochou, na frente de 40 alunos: “Sabiam que Amaury é bailarino? Se eu dissesse o que penso, eu seria expulsa da escola”. A terapia me ajudou a superar isso”.
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