Giovanna Lancellotti, atriz conhecida por seu trabalho em novelas e filmes, participou do podcast “Quem Pod, Pode” e abriu o coração sobre uma experiência delicada que viveu durante as gravações do remake da novela “Gabriela”, exibida pela TV Globo em 2012. Na conversa, a artista revelou ter sofrido assédio ao gravar cenas íntimas para a trama.
Na época, com apenas 19 anos, Giovanna fez suas primeiras cenas de nudez da carreira interpretando a personagem Lidinalva, que trabalhava no prostíbulo Bataclã na novela “Gabriela”. Ao ser questionada por Giovanna Ewbank, apresentadora do podcast, sobre as diferenças entre gravar essas cenas e as gravações eróticas para o filme “O Lado Bom de Ser Traída”, da Netflix, a atriz destacou que foi uma experiência muito diferente.
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No filme da Netflix, a artista afirmou que teve a oportunidade de impor limites e expressar o que estava confortável em fazer ou não. No entanto, na novela da TV Globo, a situação foi bem mais complicada. “Foi muito diferente dessa vez [para o filme da Netflix] e muito estranho também porque [em ‘Gabriela’] era minha primeira cena de sexo nua. Mas era diferente para mim, porque em ‘Gabriela’ eu era uma menina que estava sendo praticamente obrigada a se vender, então a posição corporal dela [personagem] é de não quero, então a minha insegurança e expressão corporal de não está à vontade me ajudava”, relatou.
Giovanna ainda revelou que durante as gravações da novela enfrentou perrengues com alguns parceiros de cena, mas naquela época não tinha os termos e noções de assédio e limites que existem atualmente na indústria do entretenimento. A atriz destacou a dificuldade de falar sobre essas situações sabendo como ser profissional e ao mesmo tempo proteger-se.
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“Na época não existia o termo assédio, 11 anos atrás, não falava nem sobre relacionamento tóxico, então era muito difícil numa cena em que tinha relação íntima, nudez, você falar até aí pode, até aqui não pode. Hoje em dia é totalmente diferente. Era muito difícil você saber: ‘ah, aqui ele está passando a mão em mim, isso não precisa estar na cena’. E como não tinham esses termos, eu não tinha nem em que me apegar, aí eu tinha medo de falar alguma coisa, e eu ser antiprofissional. Meu medo era eu falar alguma coisa e alguém falar ‘ué, isso faz parte da cena, você que não está preparada para isso’”, declarou.
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